segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cinco mil desempregados em Braga em 2 meses

O distrito de Braga está à beira de uma calamidade social. Os meses de Junho e Julho trouxeram mais cinco mil pessoas para o desemprego. As entidades de apoio social estão a preparar-se para o aumento de pedidos.

Mais de cinco mil pessoas entraram nos números do desemprego no Distrito de Braga nos meses de Junho e Julho, sendo que, 85% saíram da indústria têxtil, mais concretamente do subsector das malhas. Dados da União de Sindicatos de Braga (USB) que pecam por defeito uma vez que não estão contabilizados o pequeno comércio tradicional e familiar que fechou, sobretudo, nos centros das grandes cidades, e os trabalhadores que emigraram sem terem entrado nas estatísticas dos Centros de Emprego. "Há um crescimento do número de portugueses a trabalhar apoio social estão a preparar-se para o aumento de pedidos.

Mais de cinco mil pessoas entraram nos números do desemprego no Distrito de Braga nos meses de Junho e Julho, sendo que, 85% saíram da indústria têxtil, mais concretamente do subsector das malhas. Dados da União de Sindicatos de Braga (USB) que pecam por defeito uma vez que não estão contabilizados o pequeno comércio tradicional e familiar que fechou, sobretudo, nos centros das grandes cidades, e os trabalhadores que emigraram sem terem entrado nas estatísticas dos Centros de Emprego. "Há um crescimento do número de portugueses a trabalhar na vizinha Galiza.

Os dados do Instituto Nacional de Emprego galego falam em cerca de dois milhares de compatriotas que foram legalizados como trabalhadores em empresas galegas", diz o coordenador da USB, Adão Mendes, que acrescenta: "estes não entram nos números nacionais disponibilizados pelos Centros de Emprego". O coordenador da USB admite que "o número possa ser maior" e teme que "depois do final de Julho e do mês de Agosto a situação seja bem pior", sobretudo, com trabalhadores saídos de indústrias de metalurgia, metalomecânica e material eléctrico e electrónico, que se prevê possam ser as próximas áreas afectadas. A

dão Mendes chama a atenção para outra situação muito menos visível mas igualmente relevante: "há grandes empresas têxteis com dois/três mil trabalhadores que estão a reduzir os postos de trabalho em cerca de 200 trabalhadores do quadro efectivo propondo-lhes rescisões por mútuo acordo". A "calamidade social" está iminente no Distrito de Braga: "o quadro de desempregados de longa duração, saídos da área do têxtil, que executavam as mesmas tarefas, dentro da mesma indústria com a mesma tecnologia e com reais dificuldades de adaptação a novas realidades é inegável". Para Adão Mendes é preciso, para estes desempregados, "uma formação profissional adequada a novas funções".

A gravidade é tal que, segundo a USB, há 20 mil trabalhadores inscritos nos Centros de Emprego há mais de um ano, "daqueles que são muito novos para a reforma e muito velhos para novo emprego", que já esgotaram o prazo de concessão de subsídio de desemprego, isto é, estão em risco de ficarem sem dinheiro para fazer face às despesas diárias. Esta "bomba social", como lhe chamam as instituições particulares de solidariedade social, está prestes a explodir, e o Distrito de Braga poderá ser o primeiro a sofrer as consequências: "o aumento do número de pobres, dos pedidos de apoio a entidades como a Caritas, a Cruz Vermelha ou o Banco Alimentar, a pressão da banca para o pagamento de empréstimos vão ser uma realidade mais cedo que muita gente julga", revela um elemento ligado a uma IPSS que se começam a adaptar a este mais do que previsível "boom".



Cantinho do Emprego
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